pt Escala de autoeficácia parental:
Verificação da estrutura fatorial, invariância e diferenças em pais separados
Resumo
Este artigo tem como objetivo verificar a qualidade da estrutura fatorial, invariância e diferenças em pais separados do construto da autoeficácia parental. A separação de um casal, geralmente, não tem impacto socioemocional apenas neles, mas, também, aos seus filhos, os quais, se desenvolvem, dependente da forma e intensidade da separação, num ambiente hostil e ou de consciência emocional; condição essa, que poderá dificultar pais e filhos na sua autenticidade de seus sentimentos e comportamentos. Participaram do estudo, 200 pais, sendo 107 mães e 93 pais, com idade de 21 a 40 anos, todos estavam divorciados e/ou separados, com filhos em idade de 0 a 3 anos. Todos eles eram do Estado da Bahia. Com o estudo aprovado no conselho de ética, os participantes, responderam, além de questões sociodemográficas, a escala de autoeficácia parental. Realizaram-se as estatísticas descritivas e inferenciais, bem como, análise confirmatória. Observou-se que tanto na análise discriminativa, quanto de representatividade de conteúdo, todos os itens foram significativos, confirmando a relação conteúdo-domínio teórico da escala. Na análise fatorial confirmatória, tanto os indicadores psicométricos estiveram no parâmetro estatístico que indica a qualidade da estrutura fatorial da escala, quanto os seus índices de fidedignidade, revelaram a consistência da organização fatorial com sete fatores, os quais, interrelacionados. Além disso, observou-se que a dimensão Ensino e Responsividade Empática, foram as dimensões que tiveram maiores escores. Os resultados revelaram, também, que a mãe apresentou escores mais altos comparado ao pai. De forma geral, destaca-se que a escala de autoeficácia é consistente numa amostra de pais separados, podendo administrar, neste grupo, quando se pretender orientá-los a uma melhor organização emocional que não cause prejuízo aos seus filhos.