Luto em tempos de Covid-19 ou da impossibilidade de velar os mortos na pandemia

Bárbara  Milhomem Crivelini; Gustavo Henrique  Dionísio; Juliana  Furlan de Oliveira

doi:10.5935/1984-9044.20210009

Bárbara Milhomem Crivelini Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCL -UNESP) https://orcid.org/0000-0002-3963-5252
Gustavo Henrique Dionísio Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCL -UNESP) https://orcid.org/0000-0003-3449-2595
Juliana Furlan de Oliveira Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCL -UNESP) https://orcid.org/0000-0003-1364-1475

DOI: https://doi.org/10.5935/1984-9044.20210009

Resumen

A partir do decreto de estado de calamidade pública no Brasil decorrente da pandemia causada pelo vírus SARS-CoV2, foram promulgadas leis que impediram atividades em locais públicos que caracterizem aglomeração. Com isso, cerimoniais de velórios e enterros de pessoas que foram a óbito pela covid-19 foram vetados, sendo em seguida esse protocolo estendido a toda causa mortis. Amparados pela Psicanálise, analisaremos as situações de luto diante da ritualística impedida, bem como os efeitos traumáticos da perda violenta. Procuraremos também interpretar de que forma a proliferação de imagens relacionadas à dinâmica do luto se caracteriza como experiência estética e as possíveis reações artísticas a esse momento de desamparo. Por fim, refletiremos o trabalho de luto como exercício de rememoração e fuga da estagnação melancólica, proposto por trabalhos de Paul Ricoeur.

Biografía del autor/a

Bárbara Milhomem Crivelini, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCL -UNESP)

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Sociedade da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Gustavo Henrique Dionísio, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCL -UNESP)

Professor Assistente Doutor na graduação e no programa de pós-graduação em Psicologia e Sociedade da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Juliana Furlan de Oliveira, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCL -UNESP)

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Sociedade da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"