Que voz na voz não ouvida?

uma escuta psicanalítica a catadores de recicláveis

  • João Elias Cury Júnior Universidade Estadual Julio de Mesquita Filho (Unesp)
  • Silvio José Benelli Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (Unesp)
Palavras-chave: psicanálise, grupo psicoterapêutico, catadores de recicláveis, políticas públicas

Resumo

Apresentamos o relato de uma experiência na modalidade de grupo psicoterapêutico com  catadores de material reciclável, com base nos fundamentos da psicanálise do campo de Freud e Lacan. Por meio de enunciados construídos segundo o princípio da associação livre, foi possível observar, ao longo do processo, mudanças/deslocamentos nos sujeitos, que ressoavam para além do locutor, atingindo partes do coletivo. O objetivo é mostrar que o favorecimento de construções narrativas pode levar o sujeito a reposicionar-se diante do seu sofrimento e o entorno. Aspecto relevante também para pensar os modos de aproximação utilizados pelas equipes de Saúde Mental e da Assistência Social em relação às populações oprimidas.

Biografia do Autor

João Elias Cury Júnior, Universidade Estadual Julio de Mesquita Filho (Unesp)
Psicológo e mestre em Psicologia (FCL/Unesp - Assis).
Silvio José Benelli, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (Unesp)
Psicólogo, doutor em Psicologia Social pelo Instituto de Psicologia da USP, São Paulo. Professor assistente do Depto. de Psicologia Clínica no curso de Graduação em Psicologia e no Programa de e Pós-Graduação em Psicologia e Sociedade da FCL/UNESP - Assis
Publicado
2018-03-26
Seção
Artigos