Violência estrutural e AIDS na comunidade travesti brasileira
Resumen
O presente ensaio propõe a realização de uma cartografia sobre as reais
condições de vida e organização política e social da comunidade travesti brasileira,
tomando como analisadores a violência estrutural e as vulnerabilidades individuais e
sociais que a expõem a estigmas e a discriminações. Bem como a riscos de infecção e
reinfecção ao HIV/AIDS. Nossas análises tomam como referência as observações
realizadas a partir de Oficinas de prevenção e cidadania que temos coordenado em
diversos lugares do Brasil, tais como, oficinas semanais realizadas nos últimos anos em
Londrina-PR, assim como oficinas oferecidas nos últimos três ENTLAIDS-Encontros
Nacionais de Travestis e Liberados que trabalham com AIDS, ocorridos em Fortaleza -
CE (1999), Cabo Frio - RJ (2000) e Curitiba - PR (2002). De forma geral, podemos
perceber uma ausência de políticas públicas que contemplem essa população, além dos
estigmas e discriminações vividos pelas travestis no território nacional, evidenciando
preconceitos e desinformações que impedem a sua real inserção social.