José Resende e a psicanálise: a escultura revisitada entre o estável e o instável
Abstract
Este artigo propõe uma leitura da escultura contemporânea, centrada
no trabalho do artista plástico brasileiro José Resende. O ponto de partida é o
livro do crítico inglês Peter Fuller, “Arte e Psicanálise” (1980), no qual
tematiza a questão da permanência dos objetos de arte. Como é possível
continuarmos a admirar obras que distam séculos da nossa realidade? Tal
pergunta se refaz no encontro com trabalhos artísticos, mesmo que sejam
contemporâneos. Consideramos que a proposta de Fuller se aproxima da
perspectiva metodológica apresentada pela Teoria dos Campos que nos permite
entender como determinada obra pede para ser lida, criando uma abertura para
a contribuição da Psicanálise. Essa discussão tem como referência os trabalhos
de Resende que questionam os parâmetros usuais que temos para a sua leitura.