Medicalização como Sintoma Social Dominante

estratégias a partir do Paradigma Psicossocial

  • Laura Pampana Basoli Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
  • Silvio José Benelli Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
Palavras-chave: Medicalização, Psiquiatria, Psicanálise, Discurso Médico

Resumo

O artigo pretende problematizar a Medicalização como discurso predominante nas práticas de Atenção à na clínica contemporânea. A Psiquiatria DSM, aliada à Indústria Farmacêutica e aos medicamentos psicotrópicos, têm apresentado um modo de olhar para o sofrimento psíquico que tende a eliminar o sujeito, seu contexto histórico e seu saber-fazer sobre aquilo que o adoece. O Discurso Médico transforma os sintomas em transtornos e distúrbios, apostando em pílulas para regular um corpo que fica, assim, reduzido à sua dimensão orgânica. A sociedade contemporânea produz, como um dos efeitos, a medicalização de toda e qualquer manifestação de dificuldades (afetivas e/ou sociais), bem como da dor de existir. Em meio a tanta bioquímica, como a Psicanálise do Campo de Freud e Lacan pode contribuir para que as práticas de “cuidado” se orientem em direção ao Paradigma Psicossocial? A Gestão Autônoma da Medicação (GAM) e o lugar necessário da Psiquiatria e dos psicotrópicos na Atenção Psicossocial parecem ser uma boa aposta.

Biografia do Autor

Laura Pampana Basoli, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Psicóloga graduada e mestra pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP). 

Silvio José Benelli, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Graduado e mestre em Psicologia da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", doutor pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutor pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Professor titular da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP - Assis). 

Publicado
2020-01-08
Seção
Artigos