Ascensão Feminina e a Queda De Adão E Eva: Um Estudo A Partir Das Teorias De Gênero

Autores

  • Ana Letícia Romero Prado Psicologia Clínica
  • Lívia Gonsalves Toledo Universidade do Vale do Paraíba https://orcid.org/0000-0001-8307-4627
  • Mariana Silva de Oliveira Psicologia Clínica
  • Rady Lucas de Souza Mendes Psicologia Clínica

Palavras-chave:

Gênero, Heterossexismo, Mito de Adão e Eva, Lilith, Discurso

Resumo

O Mito da Criação é uma narrativa da literatura cristã que explica a origem da vida, onde o mundo teria sido criado por Deus, o qual criou o primeiro homem, Adão, e a primeira mulher, Eva. As diferentes apresentações do Mito permitem observar através de frestas temporais dispostas nos textos bíblicos que Eva não teria sido a primeira mulher. Antes dela teria havido Lilith que, através do tempo, foi estigmatizada por não ter se submetido ao masculino, na figura de Adão e de Deus. O Mito da Criação se torna elemento de partida do estudo, de revisão crítica de literatura, que visa apresentar a forma como essa narrativa pode produzir e reproduzir valores sexistas e heterossexistas. Foi possível compreender o papel do discurso nessa dinâmica, por possuir um poder produtivo no âmbito social. Os estudos mostraram que o sexismo não é natural e orgânico, uma vez que a concepção de feminino e masculino é fruto de um longo percurso de construção social. Os discursos, sendo compreendidos como aqueles que mediam as relações de poder, e constitutivos do campo subjetivo, sustentam e reproduzem os pensamentos e afetos. Com base nisso, enquanto um discurso que expressa o surgimento da vida, e fundamentado pelas instituições religiosas, que são detentoras de grande influência no imaginário social, foi possível compreender o papel do Mito da Criação na reprodução e legitimação de estereótipos de gênero e a estigmatização de todas as outras formas de sexualidade que não são representadas na narrativa.

Biografia do Autor

Ana Letícia Romero Prado, Psicologia Clínica

Graduação em Psicologia (Bacharelado e Licenciatura) pela Univap - Universidade do Vale do Paraíba.
Psicóloga Clínica

Lívia Gonsalves Toledo, Universidade do Vale do Paraíba

Graduação em Psicologia (Bacharelado e Licenciatura), Mestrado e Doutorado em Psicologia pela
Unesp - Universidade Estadual Paulista. Docente do Curso de Psicologia da Univap - Universidade do
Vale do Paraíba. Pró-Reitoria de Graduação da Univap - Universidade do Vale do Paraíba

Mariana Silva de Oliveira, Psicologia Clínica

Graduação em Psicologia (Bacharelado) pela Univap - Universidade do Vale do Paraíba. Psicóloga
clínica.

Rady Lucas de Souza Mendes, Psicologia Clínica

Graduação em Psicologia (Bacharelado) pela Univap - Universidade do Vale do Paraíba. Psicólogo
clínico.

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Publicado

2025-11-03

Edição

Seção

Artigos