Educação em tempos de COVID-19: as (im)permanências do uso de tecnologias nas escolas
Resumo
Este artigo objetiva realizar uma análise crítica, problematizando a (des)estruturação dos processos escolares mediante a virtualização da educação brasileira em tempos de pandemia. Esse cenário tem apontado um recrudescimento das desigualdades sociais atravessadas pelos contextos meritocráticos em populações vulneráveis diante de uma perceptível falta de amparo institucional de Estado efetivo para uma articulação que fortaleça condições equânimes de ensino para todos. Orientamos nosso debate a partir de uma pesquisa bibliográfica de documentos normativos, artigos ensaísticos e materiais jornalísticos que pautam a educação na pandemia, observando a migração dos processos escolares para a modalidade virtual de acesso remoto, nosso recorte temporal abarca o período de março a maio de 2020. Não buscamos aqui estabelecer encerramentos apressados de um momento que estamos ainda vivenciando, mas elaborar reflexões acerca da função social da escola, a manutenção do vínculo com a instituição, bem como observar as iniquidades que atravessam este espaço.