A submissão do homem à mercantilização do tempo
Resumo
O presente estudo tenciona tecer uma crítica ao excesso de tempo devotado ao trabalho, avaliando e reconhecendo como isso foi edificado socialmente, principalmente suas perdas para a vida individual e coletiva. Em virtude da obscuridade, transversalidade e multiplicidade de sentidos atribuídos ao tempo, o que era visto como conceito é tratado como categoria. Sendo assim, desenvolve-se a categoria tempo a partir de uma perspectiva analítica de sua função na contemporaneidade, de modo a captar como tal conceito transmutou-se ao seu sentido atual para atender determinadas exigências, sobretudo econômicas. Objetiva-se, além de dissertar sobre a referida categoria, compreender de que modo o sujeito investe/troca seu tempo por recursos financeiros, reconhecimento social e pessoal, por meio da atividade/ação do trabalho. Conclui-se que a relação estabelecida é inexorável e necessária para o metabolismo social, porém os sacrifícios no âmbito individual e coletivo são imensuráveis.