Possíveis contribuições da cartografia ao paradigma ético-estético-político

Resumo

Considerando as distinções do método cartográfico, dentre as quais destacamos a orientação disruptiva e o direcionamento de pesquisa não prescritivo, na ausência
de objetivos preestabelecidos, neste trabalho, nos propusemos a apresentar a cartografia como um método em processo permanente de construção e produção e descrição de “uma paisagem”, enquanto fenômeno e movimento. Nossa estratégia foi resgatar a construção histórica do que hoje chamamos de cartografia em Foucault e Deleuze, passando pelas visões de Guattari e Suely Rolnik, fazendo um sobrevoo sobre a obra Cartografia Sentimental, da mesma autora, e terminando com uma conexão com o Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade, marco do modernismo brasileiro. Nossa intenção foi produzir uma cartografia da nossa experiência de formação, partindo,
em primeiro lugar, do conjunto de ideias que edifica a possibilidade de pensarmos um método cartográfico e, em segundo, do regime de funcionamento, disparadores e instrumentos pelos quais esse método se articula. Por último, e talvez mais importante, da contribuição que a cartografia tem a oferecer às nossas formas de
produzir conhecimento, especialmente em práticas psicológicas, das quais os aspectos éticos, estéticos e políticos são, sempre, indissociáveis.

Biografia do Autor

Eloisa Greggio, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Psicóloga graduada na Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP - Assis). 

Hugo Geppe Dellasta, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Psicólogo graduado na Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP - Assis).

Publicado
2020-10-15
Seção
Seção Livre