Os Paradoxos da Binaridade e a Transexualidade como Abertura a Novas Performatividades
Resumo
Nosso objetivo, nesse trabalho, é o de enfrentar uma dificuldade epistemológica decorrente do tratamento binário que é dado como pressuposto para classificação da sexualidade. Sublinhamos, de um lado, os paralogismos que esse tipo de classificação engendra buscando propor, por outro lado, modos diversos para o tratamento desse problema. Nossa aposta é que a experiência traz à cena novos modos de performar, ou seja, de produzir os corpos, que não se submetem às categorias tradicionais. Nosso esforço será, então, o de tentar compreender a questão transexual nisso que Judith Butler caracteriza como “atos corporais subversivos”, no limiar de uma performatividade corporal e linguística que se dê no sentido de implodir as categorias identitárias.