Desnaturalizando a saúde mental na atenção básica:

a percepção de médicos cubanos e brasileiros

  • Gustavo Zambenedetti Unicentro
  • Bruna Leticia Zarpelon Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS-AMCESPAR) e Fórum do Município de Rebouças-PR
Palavras-chave: atenção básica, saúde mental, saúde coletiva, análise institucional, atenção psicossocial

Resumo

Esta pesquisa buscou compreender as perspectivas de médicos cubanos inseridos no Programa Mais Médicos e de médicos brasileiros vinculados à equipes de Estratégia Saúde da Família-ESF acerca da saúde mental na atenção básica em um município do sudeste do Paraná. Foi utilizada a abordagem qualitativa, com referencial da análise institucional, sendo realizadas entrevistas com cinco médicos (três cubanos e dois brasileiros). Trabalhamos com a noção de espelho invertido, segundo a qual, contrariando-se a expectativa de que as práticas de cubanos e brasileiros sejam reflexo uma da outra, ocorre um efeito de diferenciação entre elas, produzindo efeitos de desnaturalização. Desse modo, evidencia-se diferentes modos de compreensão acerca da saúde mental, das formas de tratamento e do papel atribuído ao uso de medicamentos, discutindo-se aspectos que atravessam esse cenário. Espera-se contribuir para a construção de uma atuação articulada à dimensão psicossocial de atenção.

Biografia do Autor

Bruna Leticia Zarpelon, Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS-AMCESPAR) e Fórum do Município de Rebouças-PR

Psicóloga formada pela Unicentro. Atualmente atua como psicóloga no Fórum de Rebouças-PR e no Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS-AMCESPAR).

Publicado
2019-12-11
Seção
Artigos