A explosão do consumo de ritalina

  • Ana Carolina Pereira da Silva
  • Cristina Amélia Luzio
  • Kwame Yonatan Poli dos Santos
  • Silvio Yasui
  • Gustavo Henrique Dionísio

Resumo

A sociedade atual vive desde a década de 50 uma “revolução
psicofarmacológica”, em que os avanços tecnológicos da psiquiatria e da
neurologia possibilitam a criação de dispositivos que conseguem ter uma
melhor visualização do funcionamento físico-químico do cérebro, onde o
paradigma de tratamento de sofrimento psíquico passou a ser baseado na
utilização de psicotrópicos. Dessa forma, a medicina buscou tratar
neurocientificamente comportamentos desviantes da norma social. Nesse
cenário, o diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
(TDAH) desponta com certa freqüência e com uma constância ainda maior o
uso de Ritalina, nome comercial do metilfenidato, no tratamento do suposto
transtorno, principalmente em crianças. Esse presente trabalho faz uma
reflexão, a partir de uma revisão bibliográfica, a cerca do aumento do consumo
de Ritalina nos últimos anos, procurando problematizar a forma indiscriminada
de diagnosticar e tratar o TDAH.

Publicado
2017-09-24
Seção
Artigos