O que viu Tirésias.

A identidade transexual na obra de Virginia Woolf.

  • Carla Cristina Garcia

Resumo

Este trabalho busca analisar no romance de Virginia Woolf, Orlando
– paradigma do andrógino da literatura moderna ocidental – a consciência e a
identidade transexual como formas autênticas de conhecimento. Orlando, que
por ter pertencido aos dois sexos, acumulou um tesouro inesgotável de
sensações e pensamentos, serve para representar a fluidez da vida em que os
contornos do “eu” se dissolvem continuamente e onde o tempo não possui uma
medida definida e constante. O objetivo é buscar formas de interpretação e
analise de sujeitos cujos corpos não estão demarcados no interior das fronteiras
dos sexos, como produtores de outras formas de experiência e construção de
subjetividades que podem nos trazer outras possibilidades de entendimento do
conhecimento, do corpo e do sexo.

Publicado
2017-09-23
Seção
Artigos