Corpos extremos, corpos infantis:
proezas da cirurgia plástica e da linguagem do conto de fadas
Resumo
O corpo “extremo” pode deixar o pensamento e a palavra siderados
diante da surpresa que oferece ao olhar. Com a criança, o conto de fadas, ao
tomar “a infância como mediação entre o adulto e a criança”, pode ajudar a
reencontrar ou a inventar espaço para uma palavra que não sature a realidade
corporal, uma palavra capaz de acolher a cena do corpo e seu acontecimento. É
isto o que acreditamos ter ocorrido com Antony e Alicia, pacientes gravemente
mutilados e hospitalizados em um serviço cirúrgico. Já com relação ao adulto,
no entanto, que palavra poderia se transformar em recurso e mediação?