A luta pelo amor e o amor pela luta

notas sobre a cerimônia coletiva de uniões homoafetivas no Rio de Janeiro

  • Jimena de Garay Hernández
  • Daniele Andrade da Silva
  • Suelen da Silva Sampaio
  • Marcello Furst de Freitas Accetta
  • Anelisa Martins Ribeiro
  • Anna Paula Uziel

Resumo

Este trabalho apresenta uma série de reflexões surgidas na cerimônia coletiva de união estável homoafetiva que aconteceu o dia 22 de junho de 2011, na Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos do Estado do Rio de Janeiro. Este cenário é um campo fértil de reflexões sobre fenômenos psicossociais que dizem respeito às homossexualidades, travestilidades e transexualidades. As posições favoráveis ao contrato de união estável entre pessoas do mesmo sexo argumentam que a reivindicação desse direito por parte da coletividade LGBT satisfará desejos de segurança e proteção, relacionados com a cidadania. A exigência de acesso à instituição da união estável, tida por conservadora e reprodutora da heteronormatividade e do patriarcado, tem sido lida por alguns como uma transformação dessa instituição, no entanto, ainda para outros e outras, essa integração equivaleria a um movimento de domesticação heterossexista.

 

Publicado
2017-09-17
Seção
Artigos